O que é o Glaucoma ?
O Glaucoma é uma doença do nervo óptico.
O nervo óptico (NO) é a estrutura que transporta as imagens captadas pelo olho até ao cérebro. Sendo um tecido nervoso, o NO é constituído por milhões de células cuja vitalidade é fundamental. Ao longo da vida é habitual existir uma perda natural de células, no entanto quando existe glaucoma a perda é excessivamente rápida e a independência visual do paciente pode ficar em risco.
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O Glaucoma é uma doença degenerativa do nervo óptico que se caracteriza pela perda gradual e progressiva do campo visual e atualmente constitui a segunda causa de cegueira global e a primeira causa mundial de cegueira irreversível.
O campo visual corresponde à área do espaço que um olho é capaz de ver quando fixa um determinado ponto
Estima-se que em todo o mundo cerca de noventa milhões sejam afectados pela doença.
Em Portugal os últimos números apontam para aproximadamente cem mil doentes com glaucoma e seis mil cegos por esta doença.
O glaucoma pode surgir em qualquer idade, mas a incidência aumenta a partir dos quarenta anos e em alguns grupos de risco, como indivíduos com:
• Hipertensão Ocular – principal factor de risco
• História familiar de Glaucoma
• Raça Negra ou asiática
• Diabetes
• Alta Miopia
• Inflamação e trauma ocular
• Uso prolongado de corticites
A completa ausência de sintomas até fases avançadas da doença é comum à grande maioria dos glaucomas e responsável por grande parte dos diagnósticos tardios.
A percepção tardia da doença ocorre, pois genericamente:
• A hipertensão ocular é assintomática
• Os défices no campo visual inicialmente são periféricos e difíceis de valorizar
• Existem mecanismos de redundância no sistema visual que compensam e disfarçam os défices instalados, tornando-os imperceptíveis até fases avançadas da doença
Dada a irreversibilidade das lesões instaladas, o diagnóstico precoce é fundamental para minorar o estigma do glaucoma. Para tal, é fundamental o seguimento regular por um médico oftalmologista.
Pese embora a ausência de sintomas, a avaliação por um clínico especializado com recurso aos exames auxiliares necessários, é suficiente para uma detecção precoce.
Existem vários tipos de glaucoma, consoante a sua origem (primária ou secundária) e abertura do ângulo ( Glaucomas de ângulo aberto ou fechado).
Apesar de não existir cura definitiva para o glaucoma, a eficácia dos tratamentos existentes ( Medicação , Laser e Cirurgia ) habitualmente atrasa ou inibe suficientemente a progressão da doença, de modo a esta nunca afectar a vida diária do paciente.
Dado o impacto global tão significativo do glaucoma, existe constante esforço e investigação para combater os múltiplos desafios que o glaucoma proporciona, nomeadamente:
• O diagnóstico precoce
• A adesão à terapêutica
• A Progressão (Detecção atempada / Controlo por métodos cada vez mais eficazes e menos invadidos )
• O combate à desinformação
Neste âmbito e em jeito de resumo, é importante recordar alguns conselhos orientadores
• Faça os seus exames visuais regulares num médico oftalmologista
• Conheça os factores de risco para glaucoma
• Se tem glaucoma, informe os seus familiares para que estes possam efetuar um rastreio precoce
• Não espere pelos sintomas da doença, pois estes surgem tardiamente e os défices instalados são quase sempre irrecuperáveis
• Apesar do risco de cegueira, se o glaucoma for detectado cedo e tratado de forma adequada este risco é reduzido. Atue atempadamente, pois pode fazer a diferença
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