Como se distingue o Glaucoma de Ângulo Aberto do Glaucoma de Ângulo fechado ?
O glaucoma é uma neuropatia óptica progressiva que resulta em alterações anatómicas características do nervo óptico e correspondentes perdas de sensibilidade no campo visual.
O maior factor de risco para o seu desenvolvimento é a hipertensão ocular (HTO), apesar de existirem casos de glaucoma normotensional.
O valor da pressão intra-ocular resulta do balanço entre a produção e drenagem do humor aquoso (HA). Uma vez que a taxa de produção do HA é razoavelmente estável, a HTO habitualmente resulta de uma insuficiente drenagem.
A principal vida de escoamento do HA é através da malha trabecular situada no ângulo formado pela inserção da íris na região corneo-escleral.
Fala-se de glaucoma de ângulo aberto quando existe um aparente livre acesso ao ângulo e de glaucoma de ângulo estreito ou fechado quando existem obstáculos que condicionam o acesso adequado do AH à malha trabecular.
Os glaucomas de ângulo aberto são muito mais frequentes do que os de ângulo estreito, porém estes últimos são geralmente mais destrutivos e apesar de mais raros são responsáveis por quase 50% dos casos de cegueira por glaucoma.
A avaliação do ângulo é fundamental quando existe suspeita ou diagnóstico de glaucoma.
O melhor modo de avaliação é habitualmente através da realização de uma Gonioscopia.
Alguns exames auxiliares como a Tomografia de Coerência Óptica (OCT) e Biomicroscopia Ultra-sónica (UBM) também são úteis neste tipo de avaliação.