Erro refractivo após Cirurgia
Atualmente a previsibilidade da correção de graduação cirurgicamente é extremamente elevada, porém por vezes podem ocorrer desvios à correção desejada e se estes forem significativos, devem ser abordados e se necessário corrigidos.
Para cada procedimento cirúrgico existem períodos mais ou menos definidos para a recuperação visual e estabilidade refrativa. Assim, exceto se grosseiro, o erro refrativo residual não deve ser valorizado antes de concluído o tempo necessário para que exista estabilidade.
É também importante ter em conta que existem alguns fatores não relacionados com a graduação que podem interferir pelo menos transitoriamente com a qualidade visual, como os transtornos da superfície ocular de entre os quais o olho seco será provavelmente o mais frequente no período pós operatório.
A preocupação com a correção cirúrgica do erro refrativo residual é tanto mais importante, quanto maior for o desejo do paciente em ter independência visual sem a necessidade de óculos, pois estes corrigem perfeitamente a generalidade dos desvios.
As alternativas para correção residual de graduação, dependem do procedimento cirúrgico prévio e de cada caso em particular. Os procedimentos de correção mais frequentemente utilizadas são:
- Centramento ou realinhamento de lente intraocular (em casos de cirurgia com lente intraocular envolvendo ou não o cristalino)
- Troca de lente ( nos casos de cirurgia com lente intraocular envolvendoou não o cristalino)
- Correção do erro residual com Laser Excimer
- Correção com introdução de lente suplementar – “Piggy-Back” – “Cavalitas”
Decorrem estudos com lentes cuja graduação pode ser alterada após introdução no olho, o que poderá facilitar futuramente este tipo de correção.